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RitaFarinha (Out. 2008)





A PHILOSOPHIA DA NATUREZA

NATURALISTAS




1894



HOMENAGEM POSTHUMA

A

ANTHERO DE QUENTAL

(MICHAELENSE)




Anthero de Quental




A PHILOSOPHIA DA NATUREZA

DOS

NATURALISTAS





1894

Typ. Editora do CAMPEÃOPOPULAR
S. Miguel--PONTADELGADA--Açores








EXPLICAÇÃO PREVIA


Digam o que disserem, Anthero de Quentalfoi indubitavelmente, um dos mais fecundos escriptoresdo seu paiz e da sua epocha.

Raros, muito raros, foram as theorias ou problemasda actualidade, ventilados com interessenos dominios da Sciencia, da Politica ou da Arteque deixassem d'exercitar a penna sempre prestigiosae sempre elegante do grande Mestre.

Na sua obra em prosa cabe, porem, um logarproeminente aos copiosos artigos de critica oude polemica, que, durante quasi trinta annos, appareceramestampados em diversos orgãos da imprensaperiodica portugueza, tanto da capital comoda provincia, e nos quaes, á semelhança deLittré e de Taine, elle connotou, como n'um diario[VI]intimo, não sómente as suas opiniõespessoaes sobreos homens e os successos contemporaneos,mas ainda as correntes de influencias estranhasque actuaram no seu espirito e as impressões qued'ahi resultaram.

Como critico e polemista, Anthero de Quentalnão teve em Portugal competidor; foi unicona energia fogosa da polemica e nos processostechnicos da analyse critica.

Os seus escriptos de critica bibliographicasão exemplares de methodo e de bom senso, de finurae de erudição, de escrupulosa imparcialidadee d'aquella serena comprehensão dos multiplicesaspectos das cousas e dos homens que dá ao criticoa maxima authoridade e valor.

N'este particular, pertence-lhe a gloria de tersido entre nós o verdadeiro creador d'um generolitterario descurado, para não dizermos falseado,na sua applicação.

Até elle a critica, aberrando diametralmentedo seu papel objectivo, fazia-se pela antipathia ousympathia do critico para com o nome do author;o louvor ou a censura previam-se justamente, dadasas relações de sentimento d'um para com outro.

Foi Anthero quem iniciou a critica impessoal,a critica objectiva, desapaixonada, fria, inspirada[VII]por um sentimento de equidade e de justiça--critica,em summa, que é uma lição; porqueensina, eque pode fazer do criticado um adversario, masnunca um inimigo--e do critico um juiz, mas nuncaum louvaminheiro nem um delator.

Os artigos criticos do grande Mestre teem todosestes caracteres acentuadamente impressos:não são exclusivamente laudatorios nemexclusivamenteaggressivos; são justos e por isso mesmoverdadeiros. Teem authoridade; porque fallam sinceramenteuma linguagem que não é a do odionem a dos affectos; mas que é a voz d'uma conscienciahonrada para a qual os Homens são o menose a Verdade o mais.

Se alguns d'esses trabalhos perderam já aquellecunho de novidad
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